16/02/1630, sábado

Batalha da Passagem do Rio Doce, Padre Manoel de Morais juntamente com seus índios da Aldeia de São Miguel do Muçui liderados por Antônio Felipe Camarão partiram ao auxilio de Matias de Albuquerque em defesa da passagem do Rio Doce. Inexperientes ou assustados, os defensores não puderam resistir ao ataque estrangeiro e se dispersaram na maior parte. Olinda foi ocupada neste dia.  

Matias de Albuquerque criou então as primeiras companhias de emboscada e organizou as "estâncias" em tôrno do Recife e de Olinda, não só para impedir que o inimigo ganhasse o interior, como ainda para atacá-lo onde e quando pudesse fazê-lo com vantagem. Iniciou também a construção de uma fortificação, o Arraial do Bom Jesus. - A Antônio Camarão coube — com Matias de Albuquerque Maranhão e tropas da Paraíba — a Estância de Santo Amaro, onde era possível passar a vau o Rio Beberibe e atacar o inimigo no istmo, nas idas e vindas do Recife para Olinda e "tanto mal fez ao inimigo, que sonhava com ele de sobresalto; e até fojos mui fundos lhe mandava fazer por os caminhos e veredas, com muitos estrepes no fundo, para que saindo o inimigo fora caísse neles, como cairam muitos por muitas vezes" . 

Segundo a "Relação" de Antônio de Araújo de Mogueimes, datada de 19 de fevereiro de 1633, Camarão servia então na estância de Nossa Senhora da Vitória, no continente, em frente à Ilha de Santo Antônio, sob as ordens de Martim Soares Moreno (MELLO, 1954 p. 17)

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